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A droga que acaba com a vida

O crack é uma droga, oriunda da mistura de sobras de cocaína e bicarbonato de sódio. É uma droga mais barata que a cocaína, haja vista sua impureza total. O efeito da droga se inicia em aproximadamente 10 segundos após o uso e tem duração de 3 a 10 minutos. Ao primeiro contato com o cerébro humano, a droga causa alucinações e euforia no usuário. Ao final, na maioria dos casos, ela causa depressão e desconforto, fazendo com o que o usuário busque uma nova dose para acabar com a depressão, causando assim uma total dependência que em raros e excluídos casos se tem sucesso de retorno ao mundo social normal.



O crack como problema social 



O crack afasta o usuário do convívio social. Com esta droga o usuário tem acesso ao roubo, furto, crimes maiores e até mesmo contra sua família.

Por ser uma droga mais barata. O crack atinge a classe mais baixa em grande volume. Atinge famílias de baixa renda e menores recursos para curar seu familiar desta droga absurda. É uma opção forte para o tráfico de drogas, em tempos que a pressão sobre a cocaína é forte, o crack mesmo sendo mais barato tem um público mais viciado, mais cativo.

É absurdo o convívio em locais onde se tenha uma cracolândia. Tratar estas pessoas como doentes é fechar os olhos para um problema público e de alta gravidade. Eu, como morador de Bonsucesso, confesso que esta vida lado a estes usuários é mais complicada e vergonhosa do que se possa imaginar. É dificil visualizar pessoas que se submetem ao submundo da escória humana sendo protegida pelo Estado e pelas autoridades competentes. Se um problema desta magnitude atingisse o centro financeiro da cidade? se atingisse a zona sul (com um poder financeiro absurdo). Como sediaremos Copa do Mundo e Olímpiadas, se não podemos sediar uma solução para sanar o problema em questão?

Deve ser fácil e de muito agrado para o atual partido governista anunciar crescimento de um país que, na verdade, não cresce. O Brasil cresceu em torno de 1% em 2012. O crack aqui em bonsucesso cresceu em taxas imensuráveis e nunca projetadas. Pessoas que antes iam para seu trabalho e seguiam suas vidas tiveram que, obrigatoriamente, mudar suas vidas de um dia para outro. Quando foi anunciado a UPP no Jacaré e em Manguinhos, o povo destas comunidades comemoraram. Com razão. Nós de Bonsucesso não podíamos nos juntar nessa alegria de verão, pois tínhamos ganhado novos visitantes que não foram embora e nem irão tão logo. Acostume-se, lamente, reclame, grite, faça tudo que você desejar fazer. O crack como problema social no Rio de Janeiro continuará até atingir uma camada superior da sociedade. O prefeito assume o crack como doença. Eu não enxergo doentes, enxergo criminosos. A lei nunca disse que um usuário de crack poderia roubar. Roubo, furto, compra de drogas e perturbação social são crimes. Eu não entendo por que temos que pagar por isso. Saio de casa e me deparo com pessoas ( ou subpessoas) revirando lixo. Não, não estão procurando algo para comer, estão "caçando" algo para vender e comprar o milagre deles, o crack. Isso não é doença, é falta de poder público. Isso é falta de pessoas que ponham a ordem. Você que acorda cedo e trabalha, ou que estuda, ou que faça as duas coisas, procure alguma brecha na lei que lhe proteja como protege-os. Isso é opinião baseada em estudos, o crack destrói o cerébro de uma forma que torna o dano irreversível. Ou seja, na maioria dos casos, não tem volta. Segundo o pesquisador Marcelo Ribeiro de Araújo essa droga tem efeitos e consequencias numerosas para o usuário. Sua morte se dá na maioria dos casos por homicídio, DSTs, overdose e paralisia cerebral.
Combater é difícil, mas não impossível. Falta maior rigor e comprometimento da Prefeitura e do Governo Estadual. Vejo todos os dias os abusos que eles cometem com a guarda municipal e a polícia. Não é para mal, em um país que protege o crack e ataca o trabalho e o intelecto quem vai querer "pegar na massa"?







Texto elaborado por Pedro Faustino

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